Olá a todos,
Começamos uma pequena série de artigos para tratar especificamente do desenvolvimento interno do Tsukiji ou Green Money na Redbox. Falamos da chegada do jogo nas nossas mãos no primeiro artigo da série e como prometido hoje falaremos da transição de “Green money” para “Tsukiji“.
Depois que tínhamos definido que Green Money seria mesmo um jogo de Leilão de Peixes num mercado de Tóquio e que toda a parte burocrática estava acertada, começamos a fase de pesquisa. Eu e o Leandro começamos a pesquisar sobre os mercados de peixes do Japão, os leilões, o que os japoneses consumiam de pescado e frutos do mar, como os chamavam, qual a melhor época para ambientar o jogo e estes detalhes que mesmo parecendo menores, podem destruir uma ambientação e um tema.
Acabou que acertamos que o jogo se chamaria Tsukiji (nome do lendário Mercado de Peixes de Tóquio) e que ambientaríamos o jogo no Japão entre s anos 20 e 30. Eu preferi estas duas décadas por uma questão estética. Mesmo já ocidentalizado ainda era comum encontrar japoneses usando roupas tradicionais. As coisas ainda eram mais rústicas, o Mercado era a céu aberto e os peixes eram vendidos em barracas de madeira ao invés do cimento e boxes modernos do Tsukiji de hoje.
Com estas premissas mais acertadas, foi a vez do Leandro começar a transportar as regras do antigo Green Money para o Tsukiji. de início o trabalho parecia simples e realmente foi. Basicamente todos os elementos do jogo foram transpostos sem muito drama ou dificuldade. O Set Collection parecia simples. Teria de ser o Peixe-Estrela de Tsukiji, o Atum. Os demais, simplesmente usamos os principais pescados comercializados em Tsukiji escolhendo sob uma ótica de popularidade (os mais vendidos no mercado), plasticidade (os que ficariam mais bonitos em peças e ilustrações), universalidade (que fossem conhecidos na maior parte do mundo) e representatividade (tentando pegar peixes, crustáceos, moluscos e ao menos um bivalve e aí escolhemos a vieira).
Os elementos de bônus, viraram o gelo (para o positivo) que depois seria substituído pela carta de fartura e o mafioso, a Yakuza (para o negativo). Com tudo isso terminado, começava a parte divertida. Procurar um artista que se encaixasse no que eu imaginava para o produto.
Fiz contato com vários, pelos menos uns 5 artistas diferentes tentando encaixar agendas, orçamentos e estilos e por fim descobri um verdadeiro achado. Alex Mamedes, um craque com um traço soberbo e uma paleta de cores magnífica. Terminava a busca pelo artista começava a interminável fase de aguardar as artes ficarem prontas.
Neste meio tempo as coisas continuaram a evoluir. Tivemos Diversão Offline com o jogo sendo demonstrado com uma stock arts mas ja sob o tema do Mercado de Peixes e a senhora de todas as feiras. Essen!
A receptividade do Tsukiji em Essen foi de boa a ótima. Os previews da arte do Mamedes sempre recebiam elogios, mostrando que estávamos num bom caminho e o jogo agradou algumas empresas européias que pediram para seguir o desenvolvimento do jogo e pelos print-n-plays. Voltamos animados com as possibilidades de negócio envolvendo o Tsukiji muito embora tudo ainda estivesse no campo da incerteza. O que progredia dia após dia eram as evoluções das ilustrações. Veja uma galeria com todo o desenvolvimento das cartas de Baiacu ou Fugu para os íntimos!
O final do ano chegou e com ele as artes definitivas do Tsukiji. As coisas estavam começando a ficar mais palpáveis.
2017 prometia!
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Em Diário de Tsukiji III falaremos da finalização do projeto, do PnP e dos preparativos para o Financiamento Coletivo.